sábado, 9 de junho de 2007

E assim vai o mundo...




No dia seguinte ao compromisso no G8 sobre o clima, sobressai a frustração.

"Apenas boas palavras" [El Mundo];"Soluções adiadas" [El País]; "Acordo morno" [Libération]; "Acordo mínimo" [Le Monde]; "Não definiram metas concretas" [Folha de São Paulo]; "Neste acordo, o diabo está nos detalhes: nenhum" [Daily Telegraph]; "Como a questão já não se resolve com declarações de intenção, a conclusão do G8 é a de que a montanha pariu um rato" [La Repubblica].

The Independent é radical: "A cimeira que deveria ter dado novo fôlego ao processo de Quioto acabou por o matar." Le Temps de Genéve reconhece que "os lóbis da indústria e do petróleo dos Estados Unidos nao se renderam e tiveram Bush a defendê-los".

Die Presse vê "elementos positivos neste acordo de 'realpolitik' arrancado a ferros". O Frankfurter Allgemeine Zeitung considera progresso que "o tão relutante Bush tenha acabado por participar no acordo". El País concorda: "É importante que a Europa tenha arrancado de Bush que comece a negociar um tratado sobre o aquecimento global." Daily Telegraph entende que "a mudança do clima político transatlântico oferece terreno para a esperança". La Repubblica suplica: "É preciso saber pensar o mundo novo.

"18 pessoas, 12 homens, quatro mulheres e duas crianças foram a enterrar num cemitério no Sul de França. La Croix diz que na placa de cada campa ficaquot;Desconhecido morto no mar Mediterrâneo em Maio de 2007." Eram emigrantes clandestinos, sucumbiram, esgotados, no naufrágio da barcaça em que viajavam de algures em África com destino à Europa da esperança. "Eles lembram-nos o nosso fracasso" [Le Dauphiné Libéré].

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